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Arrendamentos (IFRS 16/CPC 06): lições após 5 anos de vigência no Brasil

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    FinState
  • 28 de mai.
  • 2 min de leitura

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Em vigor desde janeiro de 2019, o IFRS 16 (CPC 06 R2 no Brasil) alterou significativamente a forma como as empresas contabilizam contratos de arrendamento. A norma teve como principal objetivo aumentar a transparência, trazendo para o balanço patrimonial ativos e passivos decorrentes dos contratos de leasing, antes considerados como despesas operacionais off-balance.

Após cinco anos de aplicação, as empresas brasileiras acumularam experiências valiosas, enfrentando desafios significativos, mas também desenvolvendo melhores práticas.

2. Principais desafios enfrentados pelas empresas brasileiras

Passados cinco anos, é possível observar os efeitos dessa norma nas práticas empresariais, especialmente no que se refere à contabilização dos contratos de arrendamento. Este artigo pretende explorar os desafios mais significativos enfrentados pelas empresas brasileiras e as lições aprendidas ao longo desse período.

2.1 Identificação e classificação dos contratos

Inicialmente, um grande desafio foi identificar corretamente quais contratos se enquadram no conceito de arrendamento segundo a nova norma, exigindo uma revisão extensiva dos contratos existentes.

2.2 Determinação da taxa de desconto

Outro desafio frequente foi calcular adequadamente a taxa de desconto incremental, especialmente quando não havia taxas implícitas claras no contrato, exigindo estimativas rigorosas e fundamentadas.

2.3 Sistemas e controles internos

A necessidade de registros detalhados e frequentes, especialmente nos casos de arrendamentos de longo prazo ou múltiplos ativos, representou um desafio considerável na adequação dos sistemas e controles internos das organizações.

2.4 Comunicação com stakeholders

Explicar aos stakeholders os impactos das mudanças contábeis nas demonstrações financeiras e métricas chave, como EBITDA e indicadores de alavancagem, foi também um desafio substancial.

3. Insights sobre boas práticas na aplicação da norma

Com base nos desafios enfrentados, algumas práticas se destacaram como fundamentais:

3.1 Centralização e automatização

Centralizar a gestão dos contratos de leasing e implementar soluções automatizadas ajudou empresas a garantir a precisão e agilidade nos cálculos e registros contábeis.

3.2 Treinamento e capacitação contínua

Investir em capacitação frequente das equipes financeiras e contábeis foi essencial para garantir o entendimento e aplicação correta das normas, reduzindo erros e retrabalhos.

3.3 Revisões periódicas

Realizar revisões regulares dos contratos e estimativas envolvidas, especialmente quanto às taxas de desconto e períodos contratuais, proporcionou maior precisão e compliance com a norma.

3.4 Comunicação antecipada e clara

Adotar uma comunicação proativa e transparente com investidores, analistas e demais stakeholders, esclarecendo os impactos contábeis, mitigou riscos de mal-entendidos e impactos negativos no mercado.

Vantagens competitivas e lições aprendidas com a implementação do IRFS 16

Cinco anos após a adoção do IFRS 16 (CPC 06 R2), fica claro que, apesar dos desafios iniciais, a norma trouxe maior clareza e transparência às demonstrações financeiras das empresas brasileiras. As companhias que adotaram boas práticas desde o início obtiveram vantagens competitivas claras, especialmente no relacionamento com investidores e na gestão financeira interna.

Agora, a lição é clara: estar atento às normas, investir continuamente em capacitação e tecnologia e manter uma comunicação transparente são fatores críticos para uma implementação bem-sucedida de qualquer norma contábil complexa.

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