DVA: entenda o que é e qual a sua importância
- FinState

- 29 de jan.
- 3 min de leitura

A Demonstração do Valor Adicionado – DVA é um dos instrumentos de informação utilizados pela contabilidade para comunicar seus usuários sobre as relações entre as empresas e a sociedade, explicitando sua função social, evidenciando tanto aspectos econômicos quanto sociais, além de oferecer às empresas a oportunidade de apresentar sua contribuição ao país.
Seu objetivo é informar como as empresas criam suas riquezas e como essas riquezas são distribuídas entre os beneficiários que contribuíram para que as mesmas fossem geradas, como os seus financiadores internos (sócios e acionistas) e externos (instituições financeiras, fornecedores, entre outros), governo e empregados.
A DVA apresenta informações que permitem que a comunidade em que a empresa está inserida, e a sociedade de uma forma geral, avaliem as vantagens e desvantagens em acolhê-la e se dirige a todos os agentes econômicos nela interessados, especialmente:
empregados, que trabalham diretamente para a empresa;
clientes, que com a empresa se relacionam e que dependem de sua confiança;
sócios e acionistas, que aportam recursos;
instituições financeiras, fornecedores e outros credores, que a financiam;
o Estado, através de suas autoridades monetárias, fiscais e trabalhistas;
comunidade local, onde a empresa esteja estabelecida;
pesquisadores, professores, formadores de opinião etc.
A DVA é uma das peças que compõem o balanço social, mas em muitos casos o que se vê é a sua apresentação dissociada dele e em conjunto com as outras demonstrações contábeis usuais, ou ainda como o próprio balanço social.
A DVA no Brasil ainda é pouco conhecida e divulgada, possivelmente por não se tratar de uma demonstração obrigatória, exceto para as companhias abertas, que são obrigadas a divulgá-la como informação suplementar às demonstrações contábeis para fins de IFRS, pois ela ainda não faz parte das demonstrações contábeis obrigatórias previstas nas normas internacionais de contabilidade.
Através da DVA é possível perceber a contribuição econômica das empresas para cada segmento com o qual elas se relacionam, constituindo-se no Produto Interno Bruto (PIB) por elas produzido. A DVA está fundamentada em conceito macroeconômico, buscando apresentar a parcela de contribuição que a empresa tem na formação do PIB, porém, existem diferenças na forma de cálculo do valor adicionado entre os modelos contábil e econômico. A contabilidade utiliza o conceito contábil da realização da receita, baseado no regime de competência, diferindo do conceito econômico onde o cálculo do PIB é baseado na produção.
A transformação de recursos intermediários em produtos e serviços finais só é possível pelo emprego dos fatores de produção (trabalho, capital, governo, empresa) que ajudaram a formar a riqueza dessas empresas (responsabilidade social). A remuneração desses fatores de produção (salário, juros, aluguel, impostos e lucros) pelas empresas constitui-se em renda em poder da sociedade, que retorna às empresas tanto na aquisição de seus produtos e serviços como na forma de novos financiamentos, reiniciando o ciclo econômico.
A DVA demonstra tanto os benefícios que as empresas oferecem para a sociedade, por meio, por exemplo, da absorção da mão de obra da comunidade onde estão inseridas, quanto sua capacidade de gerar riqueza para a economia, ou seja, contribuir para o desenvolvimento econômico.
A DVA é uma explanação de como a empresa criou riquezas (valor de suas vendas de mercadorias, produtos e serviços, deduzidos dos bens e serviços adquiridos de terceiros e da depreciação e amortização), também explicita as riquezas recebidas em transferência (receitas financeiras e equivalência patrimonial) e apresenta, ainda, um mapeamento de como essas riquezas são distribuídas aos seus diversos beneficiários (empregados, governo, financiadores externos e internos).
Ela não está exclusivamente voltada para a apuração do resultado como a Demonstração de Resultados – DRE, que tem como foco principal a evidenciação das informações sobre o lucro e sua forma de apuração, de interesse exclusivo dos proprietários, mas elas se complementam, tratando, inclusive, dos mesmos itens, apenas com enfoques diferentes.
Enquanto a DRE, por exemplo, trata juros, salários e outros, como despesas e/ou custos da empresa para gerar receitas, diminuindo seu lucro, a DVA os apresenta na forma pela qual os beneficiários da riqueza receberam sua parcela como: remunerações e benefícios dos trabalhadores; juros e aluguéis destinados a financiadores externos; impostos, taxas e contribuições cobrados pelos governos federal, estadual e municipal; e lucros retidos, dividendos e juros sobre capital próprio atribuídos aos proprietários, sócios e acionistas.
A partir da DVA as empresas podem elaborar uma série de indicadores de desempenho, tais como: valor adicionado por filial, investida etc.; valor adicionado bruto por centro de resultados; produtividade do trabalho; etc.
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